quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Poluição também prejudica a saúde do coração

O pulmão não é o único órgão atingido pela poluição do ar: uma recente pesquisa realizada na Queen Mary University, de Londres, estudou 4 mil voluntários britânicos, entre 40 e 69 anos, que não possuíam histórico de doenças cardiovasculares. O resultado apontou que havia um aumento dos ventrículos entre os participantes que moraram em áreas mais poluídas. Através dessa pesquisa foi comprovado que a exposição a partículas poluentes pode resultar na alteração das estruturas do coração.

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, toda alteração no coração deve ser investigada. “O ventrículo aumentado pode complicar o bombeamento do sangue, comprometendo a oxigenação necessária do organismo”, conta.

Um artigo publicado na Revista Circulation, da Associação Americana do Coração, constatou que doenças cardiovasculares resultantes da poluição do ar causaram 3,3 milhões de mortes no mundo inteiro no ano de 2016. “Poluentes como óxidos de nitrogênio e dióxido de carbono causam irritações nos vasos sanguíneos e facilitam o acúmulo de gordura nas artérias, conhecido como aterosclerose. Em casos mais avançados, essa formação de placas de gordura pode obstruir os vasos, levando à complicações mais graves como AVC e infarto do miocárdio”, explica o especialista.

Para cuidar do coração

Morar na cidade de São Paulo é desafiador quando o assunto é ficar longe de poluição. Além dos cuidados básicos para manter a saúde do coração como boa alimentação e prática de exercícios físicos, algumas situações podem ser evitadas para nos manter afastados dos riscos oferecidos pela poluição do ar: “Evite caminhar ou andar de bicicleta em horários em que o trânsito esteja intenso, os engarrafamentos em vias principais tem grande concentração de emissores poluentes. Outra medida é escolher o local de moradia, se manter afastado de grandes centros urbanos onde existe a alta concentração de gás carbônico pode ajudar a manter a saúde do coração”, finaliza o cirurgião.

Dr. Elcio Pires Júnior é coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Falta de atividade física prejudica 47% da população do Brasil

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que as taxas mundiais de inatividade física continuam elevadas - 27% das pessoas não fazem exercícios. Enquanto isso, na América Latina e no Brasil, o sedentarismo cresce.

A pesquisa levou em conta dados de quase 2 milhões de pessoas de 168 países. A OMS classifica como atividade física insuficiente os casos em que a pessoa dedica menos de 150 minutos semanais aos exercícios de intensidade moderada ou menos de 75 minutos aos intensos.

A meta da OMS é que até 2025 a taxa de sedentarismo diminua 10%.

Desde 2002, a taxas de inatividade no Brasil cresceu mais de 15%. As informações mais recentes, de 2016, usadas na pesquisa mostram que 47% dos brasileiros não se exercitam o suficiente.

Tendências similares de crescimento de inatividade foram documentadas na Alemanha, Bulgária, Filipinas e Singapura.

O estudo da OMS, publicado nesta terça (04/09) na revista The Lancet Global Health, mostra que a América Latina e Caribe é a região com maior prevalência de inatividade física, 39%. A taxa global aponta que pouco mais de um quarto das pessoas tem atividade física insuficiente, número próximo ao de 2001.

Uma das possíveis explicações para o mau desempenho da América Latina na análise é a baixa qualidade ou a falta de dados referentes à prática de exercícios. Bolívia, Haiti e Peru -países com mais de 10 milhões de habitantes- não tinham informações sobre o assunto.

Países de alta renda do ocidente e da região Ásia-Pacífico, do centro e leste europeus são as outras áreas que apresentam as altas taxas de inatividade física.

A pesquisa estima que mais de 1,4 bilhão de adultos corra risco de desenvolver ou agravar doenças por causa da falta de exercícios físicos.

Segundo a OMS, é necessário mais empenho para que as taxas de sedentarismo sejam reduzidas. Para isso, a agência da ONU diz que os países devem implementar políticas para encorajar formas não motorizadas de transporte, como caminhada e ciclismo, além de buscar a promoção de atividade recreativas e esportes durante o tempo livre das pessoas.

Para isso, seriam necessários, segundo o documento, a oferta de infraestrutura de caminha e ciclismo, além da criação de oportunidades para prática de esportes ao ar livre.

A variação da qualidade e disponibilidade de dados está entre as principais limitações do estudo da OMS. Além disso, o estudo é baseado em relatos dos participantes, o que pode impactar na precisão das informações obtidas.

Com informações da Folhapress.

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