sábado, 5 de setembro de 2015

4 formas de combater o vício em tecnologia

Você passa a maior parte do seu dia em frente a uma tela de laptop, tablet ou celular? Mesmo na hora de dormir?

"Então, você vive em modo de sobrevivência. O seu sistema nervoso simpático está funcionando em ritmo forçado. Suponho que você se sinta arrasado à tarde, o que significa que o seu organismo está atuando à base da adrenalina, noradrenalina e cortisol", explica a médica Nerina Ramlakhan, especialista em manejo de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres

Esta é a descrição de um viciado em tecnologia, afirmou Ramlakhan, segundo informações do portal G1. Os viciados costuma ter característica que se repetem: perfeccionismo, tendência a controlar tudo e bruxismo. Pesquisadores alertam que a memória de certos pacientes está diminuindo, diante do excesso de atividades ao mesmo tempo.

"Elas costumam ter um tipo de personalidade: são pessoas automotivadas, competitivas, agressivas e sentem uma necessidade imperiosa de realizar coisas", disse Ramlakhan."Para pessoas com estes traços, é muito difícil se desconectar. Não conseguem relaxar e, quando o fazem, se sentem rapidamente exaustos.""Até quando veem televisão usam várias telas. Têm um nível de hiperatividade que é produto do medo de não estar no controle."

Catherine Steiner-Adair, psicóloga, diz que o chamado multitasking é um perigo para as crianças, embora muitos se vangloriem de serem capazes de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo.

Vivemos uma diminuição da memória. Não estão desenvolvendo esta parte do cérebro, que é um músculo que necessita de exercícios focados em uma só atividade", disse a psicóloga.

Nessa situação de vício, a pessoa só consegue se ativar ao receber doses contínuas de dopamina, um hormônio liberado no cérebro pelo hipotálamo. A consequência é maior motivação, aumento dos batimentos cardíacos, melhor humor, maior capacidade de processar informação e mais sono. O vício em tecnologia transforma a pessoa em viciada em dopamina.

Para Ramlakhan, o vício tem que ser atacado por vários ângulos. Ela recomenda quatro ações simples:

Criar o "entardecer eletrônico" diário: quando a hora de dormir se aproximar, afaste-se de todos os dispositivos tecnológicos e, por exemplo, leia um livro (que não seja eletrônico).- Mantenha o relógio afastado durante a noite, de forma que não seja possível saber que horas são, para que o passar do tempo não provoque ansiedade.- Não usar o smartphone como despertador. Recarregue-se com energia saudável: tome café da manhã, ainda que leve, na primeira meia hora após se levantar e antes de tomar qualquer bebida com cafeína.- Mantenha-se hidratado: tome pelo menos dois litros de água por dia.

Especialistas britânicos recomendam um máximo de duas horas diárias diante das telas para promover a atividade física.

A organização NICE, dedicada à conscientização de hábitos saudáveis no Reino Unido, recomenda um limite de duas horas diárias em frente a dispositivos, de forma a incentivar as atividades físicas. Curiosamente, o problema parece ser mais agudo para a geração que se lembra da vida antes do advento da internet. Para eles, a tecnologia parece exercer uma atração irresistível, segundo Ramlakhan.

"As novas gerações serão mais sagazes. Nós, entretanto, ainda estamos na fase de fascínio com a tecnologia, ainda estamos empolgados."

Enquanto isso acontece, ela diz que é preciso lutar diariamente para recuperar o terreno do sono e das atividades físicas na nossa rotina.

Fonte de Pesquisa: http://www.noticiasaominuto.com.br/tech/

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